sexta-feira, 11 de dezembro de 2009
Saudade é sentir falta de alguém...
sábado, 18 de julho de 2009
Amor
Coesa
Certeza
Leveza
Beleza
Surpresa
Inteireza
Fortaleza
Retidão
Compaixão
Imensidão
união
Razão
Vazão
Coração
Confiança
Esperança
Criança
Bonança
Perseverança
Clarividência
Sapiência
Constância
Paciência
Essência
Cor
Calor
Destemor
Resplendor
Amor
Intimidade
Graciosidade
Felicidade...
Natal, 18 de Julho de 2009.
sexta-feira, 22 de maio de 2009
CORES
Em seu caminhar
Pois somente as flores
Lhe fazem sonhar
Caminho aberto
De cores e desejos
Alegria, euforia
Vermelho
Viva, Vida!
Liberdade desejada
Incerteza bem-vinda
Solidão apreciada
Sequer importa
Se planos serão refeitos
O momento é do improviso
Dos versos perfeitos
Rimas com sentimento
Em linhas de cordel
Cantas o oceano, o infinito
As estrelas e o céu
Em Kairós, ao final
Eu tinha que falar
O Deus do tempo oportuno
Que se empenha em te ensinar.
Natal, 22/05/2009.
Polyana Pimenta.
domingo, 10 de maio de 2009
MÃE AMADA
Mulher
De alma velha
Espírito de guerreira
Feiticeira
Teces o enredo
Da vida
Num encontro de sonhos
Segredo
Olha-te
Com os olhos marejados
Vestes puídas
Corpo enrugado
Princesa de conto de fada
Rainha, mãe amada
És a minha inspiração
Meu conforto, meu colo, coração
Essência é uma gota
Que perfuma tudo
Você é luz e sabedoria
Que preenche o meu mundo
Mãe, teu corpo está cansado
Você já nem se reconhece
Olhe para dentro
Mais do que isso você merece
A vida é passageira
E beleza é uma ilusão
Acreditar em um Ser Superior
Nos dá segurança e proteção
Não temas, linda senhora
Na sua estrada você venceu
O amor foi o seu lema
A sua graça nos enriqueceu
Bondade, paz, felicidade
Tudo isso Deus lhe deu
Minha mãe você é querida
Aproveite tudo que é seu.
Natal, 09/04/09.
Esta é para homenagear minha mãezinha, que com seu amor e experiência é indispensável em minha vida.
quarta-feira, 15 de abril de 2009
PALIDEZ
Bandido
Sofrido
Escondido
Esquecido
Coração descortinado
Sem permissão
Invasão
Atravessado
Ensolarado
Claridade no poço
Dor nos olhos
Reflexo descoberto
Cabelos ao vento
Descompasso
Ansiedade
O som
O dom
De atrever-se
De enganar-se
Desejos
Sobejos
Peso
Desprezo
Solidão
Tempestade
Imensidão
Saudade
Avançar
Paralisar
Liberar
Permitir
Sentir
Se entregar.
Natal, 15/04/2009.
quarta-feira, 1 de abril de 2009
SOLIDEJAR
terça-feira, 31 de março de 2009
CAMINHAR
terça-feira, 17 de março de 2009
PARA MEU FILHO
Frutinho querido
Pendurado em meus braços
Vieste das minhas entranhas
Invadiste meu abraço.
No começo foi um sonho
Alimentado pelo amor
Esperado com ansiedade
Acolhido como uma flor.
Sua vida deu sentido à nossa
Seu olhar nos acalmou
Seu amor contagiou-nos
Sua felicidade nos atou.
Meu filho, Vitinho
Pra você tudo
Tudo que possa
Te fazer feliz.
Amar-te é uma benção
Privilégio sem medida
Agradeço aos céus
Por você todos os dias.
Amado filho, no seu aniversário
Uma benção quero te dar
Amor, felicidade, saúde e paz
E Jesus sempre a te acompanhar.
Natal, 05/09/2007.
LUZES
Encontro as estrelas
Iluminando o meu pensamento
Descobrindo sua beleza
O céu tão azul
Traz-me a poesia
E um mundo muito louco
Eu transformo em fantasia
A lua me inspira
Me deixa uma pessoa sonhadora
Me perco em seu manto prateado
E na sua missão vencedora
Ao todo vejo algo estranho
Acho um paraíso
Seres diferentes
E a razão do meu sorriso.
Natal, sem data.
Há, pelo menos, quinze anos.
domingo, 8 de março de 2009
Mulher, mas uma borboleta
Mulher
Mulher gente
Mulher povo
Mulher empregada
Mas mulher honrada.
Dona-de-casa
Cozinheira
E mal paga
Ainda por cima desprezada
Mas mulher brava.
Operária-mãe
Mãos calejadas
Não existe sonho
Existem crianças esfomeadas
Mas mulher corajosa.
Mãe sofrida
Desesperada
Injustiçada
Mulher inferior
Mas mulher de esperança.
Mulher de esquina
Rodando a bolsinha
Mulher objeto
Lutando pela vida
Mas mulher de garra.
Mulheres e homens
Discriminando a si mesmos
Sem se dar conta
do valor da mulher
E da importância do homem.
Natal, 1990.
Postei esta poesia hoje, feita há muitos anos, justamente por falar nas mulheres e para comemorar este dia.
sábado, 7 de março de 2009
O seu professor é um alienígena?
Polyana Pimenta
Uma amiga sempre dizia que “A felicidade é um caminhão em alta velocidade, que passa uma vez só na sua vida. E quando ele passa, você tem que pular em cima e se agarrar com as duas mãos para ir com ele.”.
No mundo da Internet, da televisão a cabo, do livro virtual, do power point, do consumismo, as relações humanas são muito rápidas e superficiais.
Não, mas eu não vou falar de amor romântico. Vou falar de amor pelo ser humano e principalmente do amor em ser professor.
Quando se ensina, o que se busca é transmitir ao estudante a arte de aprender, de buscar um conhecimento que seja útil na vida real, sem abstrações desnecessárias. Acreditando firmemente na capacidade do aluno de também participar do aprendizado do professor e de se integrar na sua própria vida, como estímulo e recompensa.
Ser professor no nosso país é uma escolha vocacional. Não se trata de buscar o melhor emprego ou o melhor salário, mas trabalhar no que se acredita, na construção de um mundo de valores e compreensão mútua.
O ingresso no Magistério foi um projeto meu que se iniciou ainda na Alfabetização, pois admirava muito os meus professores e desejava profundamente um dia poder ter conhecimentos a transmitir e fazê-lo da mesma forma fascinante que me eram transmitidos. Uma vizinha então tratou de me dar um conselho (inútil) que não esqueci: “Minha filha, escolha outra profissão, pois como professora você irá morrer de fome.”. Tal conselho me deixou muito triste, pois não se tratava de uma escolha e sim de um sonho, motivo pelo qual não pude desistir.
E foi assim que, ainda com dezessete anos, tive a minha Carteira de Trabalho assinada pela primeira vez e como Professora, à época Professora de Inglês. Tive, então, muitas alegrias. Realizava algumas aulas de música e elas eram bem animadas. Fizemos aulas à beira-mar, sob a luz da lua, com jogos e brincadeiras. Boas recordações.
Dois anos após me formar, fui ser Professora na Universidade. E a experiência foi um pouco diferente, mas também muito boa. O que mais importava sempre passou pelo contato com o ser humano, com o aprendizado que necessariamente acontecia, e principalmente pelas idéias lançadas.
Recentemente, entretanto, surgem algumas reflexões.
O professor tenta semear, o terreno nem sempre está preparado para deixar a semente germinar. Não tem espaço para se fazer ouvir, sem condições de deixar falar.
Vozes ao redor, ansiedades visíveis, angústia e pesar. O caminhão está passando, mas ninguém quer pular nessa aventura deliciosa. A estagnação toma conta, a perplexidade domina quem consegue vê-lo passar.
Onde estão os aprendizes? São Jorge talvez possa explicar. Ou talvez os marcianos possam dizer que na realidade é o professor que veio de outro planeta.
Amo, amo a arte de aprender.
E apesar de, às vezes, não entender bem o que se passa, o coração fala mais alto e lá se chega mais um dia em sala de aula, onde marcianos e moradores da lua se encontrarão, todos transbordando de amor e esperança, e com a ousadia necessária para que não se conformem em ser “another brick in the wall”(Pink Floyd).
Afinal de contas, “Só se Vê bem com o coração. O essencial é invisível aos olhos.” (Antoine de Saint-Exupéry)
Natal, 24 de Outubro de 2006.
segunda-feira, 16 de fevereiro de 2009
VOYAGER POUR ÊTRE LIBRE - Viajar para ser livre
Le monde est énorme O mundo é enorme
Et mon coeur a des dimensions E meu coração tem a dimensão
Telle que cette sphérique mobile Tal qual esta esfera móvel
Je ne suis pas brésilien Eu não sou brasileira
Je ne suis pas français Eu não sou francesa
Je suis mondiale Eu sou mundial
Mais c´est difficile Mas é difícil
De conaître touts les pays De conhecer todos os países
Oú je suis né Onde eu nasci
Je n´ai pas beaucoup d´argent Eu não tenho muito dinheiro
Mais J´aime touts les gens Mas eu amo todos os povos
Et chaque partie en moi E cada parte em mim
Alors Je voudrais être libre Então eu queria ser livre
Pour voyager autour de la planète Para viajar por todo o planeta
À travers l´atmosphère Através da atmosfera
À travers l´eau limpide Através da água límpida
Ou même à travers le feu Ou mesmo através do fogo
Je sentirais les émotions Eu sentiria as emoções
Et je prendrais touts les conaissances E aprenderia todos os conhecimentos
Je rencontrais l´amour de ma vie Eu encontraria o amor de minha vida
Et je l´amerais entierment. E iria amá-lo inteiramente.
Natal, 23/08/1995.
CONCEPÇÃO
Que se abre num despertar
Onde está o plano
Que todos têm que encontrar
Mostra-me, Senhor
Para onde flui a vida
Sem dó esvaziada
Antes mesmo de nascida.
É duro vir ao mundo
Que não deseja te aceitar
Sofrimento para qualquer
Que a rejeição abraçar
Mas onde encontrar
O motivo para dizer
Que a vida lá está
Quando ainda não se pode ver
Coração encharcado de sangüe
Guarda em si tanta emoção
Uma célula envolvida em lágrimas
Pode ter vida, e Por que não?
Natal, 10/01/1999.
UN REFUGE - Um refúgio
Une raison pour mon amour Uma razão para meu amor
C´est vrai É verdade
Il est plus Ele é mais
Que tout Que tudo
Qu´un jour Que um dia
Je puisse sentir Eu poderia sentir
Pour quelq´un Por alguém
Notre passion est interdit Nossa paixão é proibida
Mon coeur et ton coeur Meu coração e seu coração
Ne peuven pas s´allier Não podem se aliar
Parce que nous devons aimer Porque nós devemos amar
Ceux qui sont convenables Aqueles que nos são convenientes
J´ai choisi mon chemin Eu escolhi meu caminho
Et J´ai connu le bonheur E eu conheci a felicidade
Mais avec toi Mas com você
J´ai connu l´amour Eu conheci o amor
Alors Je vais mourir Então eu vou morrer
Un peu Um pouco
Tout les jours Todos os dias
Parce que Porque
Ce n´est pas correct Não é correto
Aimer ainsi Amar assim
Comme un refuge Como um refúgio
Que je ne peux pas Que eu não posso
Déguiser. Disfarçar.
Natal, 23/05/1995.
quinta-feira, 12 de fevereiro de 2009
PARA QUE SABER
Num canto escuro
De um lugar encantado.
Saiba
Que um coração
Não entende o perdão
E se enche de mágoa.
Saiba
O que quer dizer
Um olhar perdido
Um sorriso escondido
Mudar de lugar.
Saiba
Eu queria dizer
Mas o que fazer
Se ninguém quer escutar.
Saiba
Para que saber
Melhor é calar
Mais fácil é escutar.
Pois nas palavras
Estão os erros
Estão os segredos
E o código
Para se encontrar.
Natal, 12 de Fevereiro de 2009.
sábado, 7 de fevereiro de 2009
PALAVRAS
sexta-feira, 30 de janeiro de 2009
À MAGIA
Cheia de graça, de raça
Se enlaça em meus lençóis
E faz sonhar
Com lindos mares que
Em outras tardes
Fosse visitar.
LUA,
Me mostra agora
Quem nessa hora
Sofre e chora
Por amor que outrora
Havia de acabar.
LUA,
És tão brilhante
Estás diante
De um amante
Que ilumina um mundo
Que já foi iluminado
Por outros corações.
LUA,
Que cruza a minha estrada
Ilumina meus caminhos
Traz-me a poesia
Dos românticos e apaixonados
Que em noites de luar
Cometem loucuras e travessuras
E amam ou fingem amar
E se esquecer...
Natal, 1990.
quarta-feira, 21 de janeiro de 2009
GARGALHEIRAS
Pela janela de um quarto de hotel
Observo um espetáculo vindo do céu
O repousante Gargalheiras
Suas águas batendo em lindas serras.
A chuva fez com que o capim ficasse verdinho
E já ouço os passarinhos
Bem ao longe a cantar.
Não dá para explicar
Nem consigo entender
A grandeza deste espetáculo
Que ao homem Deus o deu.
O pescador lá longe
Pescando peixes de monte
O pôr-do-sol transmitindo calma e mansidão.
A harmonia faz parte do quadro
O descanso, um alívio
Longe dos carros e dos ruídos.
O sangradouro me fascina
E me ensina a razão do meu viver.
É homenagear a Deus clemente
Que ama a toda gente
E a tudo em que se sente amor.
Gargalheiras,
Espetáculo apaixonante.
Pena que talvez, daqui a algum tempo
Você já não exista mais
Pra eu mostrar aos meus filhos
O que eu chamo de paz.
Acari/RN, 29 de Julho de 1989.
p.s. À época eu tinha 14 anos. E, felizmente, já levei meu filho para conhecer o Gargalheiras e sua paz.
quarta-feira, 7 de janeiro de 2009
MEU DESEJO
Pra você eu dei minha paixão
Quando vi as linhas da sua mão
Caminho encoberto de tanto sofrer
Só o teu amor eu poderia conhecer.
Salva do passado
Esbarrei no meu destino
Sonho tão manhoso
Eu vivi o desatino.
Quando me encontrei
Não quis te amar
O mundo a amedrontar
Não quero mais chorar.
Quando estava lá
Logo o fim
Você não percebeu.
Tanta solidão
Perturba enfim
Assim o amor se perdeu.
Amor tão inocente
Não devia escapar
Mas a vida é dura
Bem mais fácil é só sonhar.
Um grande perigo
Encontrar você assim
Tão desconsolado
E precisando de mim.
Num outro sentimento
Você vai compreender
Esse é o meu desejo
É melhor me esquecer.
Natal, alguma data que não escrevi
THE MIDLE OF THE STREET
TEMPESTADE
A frieza e a decepção
De um mundo gelado
De entorpecimentos e desconsiderações
Mas, de desejos e ilusões.
A neve, a ventania
O desespero, o desencontro
Estagnar diante do mínimo
Buscar, perder
Revelar, esquecer.
A dor, então o pranto
Os lábios agora mudos
Obedecer, enfim
Fazer do lamento
Qualquer discurso.
Se entregar ao arrependimento
Entender o desencanto
Todas as palavras
Soam, no entanto
Distantes e não vazias.
E o inerte detecta o inexistente
O desfeito, o irrealizado
Paralisa o vão.
Na outra estrada
A falta de direção
Querer, calar
Manter, amedrontar
Sofrer
E nada mais.
Natal, 23/04/1997.
terça-feira, 6 de janeiro de 2009
OCEANO
O azul, a imensidão
A liberdade e a fascinação
De um mundo de mistérios
De respeito e regras
Mas, de infinito e abertura.
Uma intimidade
Mais que perfeita
Com a grandeza
Deste Universo sem fim.
Ilimitado, fluido
Seguro, protetor
Beleza em cada instante
Prova de perfeição
Tão incompreensível
Quanto impensável
Incalculável por ser real.
Presente, clamante
Minuto de sensatez
A vaga, a bruma
O se encontrar
A quebra, a reconstituição.
Fazer do tudo
Um nada inflexível
E transformá-lo a cada dia
Um pouco mais.
Fazer da aurora
Um banho de luz
E água salgada
Que purifica
E faz reviver.
A escuridão
O poço
A totalidade
Desfazer qualquer rocha
Mudar, remodelar
Insistir
Se entregar
Amar
E nada mais.
Natal, 25/02/1997.
Essa é a minha favorita, até mesmo pela paixão que eu tenho pelo imensidão do mar.