Polyana Pimenta
Mulher
Mulher gente
Mulher povo
Mulher empregada
Mas mulher honrada.
Dona-de-casa
Cozinheira
E mal paga
Ainda por cima desprezada
Mas mulher brava.
Operária-mãe
Mãos calejadas
Não existe sonho
Existem crianças esfomeadas
Mas mulher corajosa.
Mãe sofrida
Desesperada
Injustiçada
Mulher inferior
Mas mulher de esperança.
Mulher de esquina
Rodando a bolsinha
Mulher objeto
Lutando pela vida
Mas mulher de garra.
Mulheres e homens
Discriminando a si mesmos
Sem se dar conta
do valor da mulher
E da importância do homem.
Natal, 1990.
Postei esta poesia hoje, feita há muitos anos, justamente por falar nas mulheres e para comemorar este dia.
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