quarta-feira, 21 de janeiro de 2009

GARGALHEIRAS

Polyana Pimenta.

Pela janela de um quarto de hotel
Observo um espetáculo vindo do céu
O repousante Gargalheiras
Suas águas batendo em lindas serras.

A chuva fez com que o capim ficasse verdinho
E já ouço os passarinhos
Bem ao longe a cantar.

Não dá para explicar
Nem consigo entender
A grandeza deste espetáculo
Que ao homem Deus o deu.

O pescador lá longe
Pescando peixes de monte
O pôr-do-sol transmitindo calma e mansidão.

A harmonia faz parte do quadro
O descanso, um alívio
Longe dos carros e dos ruídos.

O sangradouro me fascina
E me ensina a razão do meu viver.

É homenagear a Deus clemente
Que ama a toda gente
E a tudo em que se sente amor.

Gargalheiras,
Espetáculo apaixonante.
Pena que talvez, daqui a algum tempo
Você já não exista mais
Pra eu mostrar aos meus filhos
O que eu chamo de paz.

Acari/RN, 29 de Julho de 1989.

p.s. À época eu tinha 14 anos. E, felizmente, já levei meu filho para conhecer o Gargalheiras e sua paz.

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