Impublicável
O sentimento rebelado
Impublicável
O desejo ignorado
Impublicável
Essa solidão tão bem acompanhada
Sobejo
Essa é a palavra
Derramada sem medida
Impublicável
Tanta melodia
De uma vida vazia
Impublicável
O inimaginável
Revelado
Sem qualquer pudor
Esgotado
De tanto fugir
Perplexidade
Impublicável
Indesejável
Inacreditável
Feridas
Imperdoável
Vergonha
Sem culpa
Razão insegura
Peito inflado
Impublicável
Tal teatro
Impublicável
É saber assim
Palavra sem força
Intenções disfarçadas
Covardia reforçada
Última vez, enfim.
Natal, 13 de Novembro de 2010.
Polyana Pimenta.
sábado, 13 de novembro de 2010
segunda-feira, 8 de novembro de 2010
Amor Verdadeiro
Vou escrever hoje sobre o amor romântico, único, pleno e realizado, que é o amor do meu Avô pela minha Avó. Reinaldo Fernades Pimenta Filho, caraubense, como seus filhos, tinha veia poética e gostava muito de escrever. Meu avô, hoje já em outro plano, foi um exemplo de homem, de pai e de cristão como poucos. Minha avó, Gisélia, hoje com 96 anos de idade, teve a benção de casar, àquela época, com quem amou e escolheu para ser seu companheiro por toda a vida. Meu avô morreu nos braços de sua amada, que cuidou dele até o fim com muita dedicação. E ainda jovem, escreveu o soneto que transcrevo a seguir, dedicado à sua esposa e único amor.
PRIMEIRO AMOR
Encontrei-te um dia meiga e pura
Com o teu porte belo e encantador
No teu rosto eu vi tanta candura
Teus olhos tinham um brilho sedutor.
Vendo-te assim com tanta formosura
Tanto encantamento e mágico primor
Senti n'alma, oh! meiga criatura
Toda emoção de um primeiro amor.
E desde então amo-te com toda lealdade,
Em ti depositei a minha felicidade,
E por ti consagro um afeto verdadeiro.
Sem ti não quero viver, oh! querida...
Farei tudo para seres minha toda vida
Porque foste tu o meu amor primeiro.
Reinaldo Fernandes Pimenta Filho.
domingo, 31 de outubro de 2010
Se Eu...
Polyana Pimenta
Despetalando
Minhas lágrimas
Em puro linho
Vou ao chão
Procuro desatino
Pontos brilhantes
Vago sozinho
Na escuridão
Amasso
Meus sentimentos
Engulo palavras
Entranho opinião
Pilo convicções
Navego
Em altas nuvens
Conforto-me em vão
Desertifico
Sem luar
Corro sem cansar
Nem tempo para viver
Se eu já não tenho
Nem os sonhos
Que revelei
Sem saber
Se eu não vejo
Mais o brilho
Que se achegava
Ao amanhecer
Se eu já não adormeço
Ao balanço
Que me fez
Entorpecer
Fecho os olhos
E não me canso
De sonhar
De esquecer
Natal, 31 de Outubro de 2010.
quinta-feira, 23 de setembro de 2010
MAIS QUE PROFUNDO
Polyana Pimenta
Que fazes
Ó dor
Que não te aguento
Lamento
Tormento
Que ira
Mostraste
No meu sonhar
É pulsante
Fervente
Esqueço-te
Não dura
Segundo voraz
Repulsa
Renúncia
Penetra
A alma
E faz esquentar
Entranhas
Silêncio
Aconchego
O inflamado
Beijo soprado
Reflexo
Perplexo
Natal, 25 de Setembro de 2010.Que não te aguento
Lamento
Tormento
Que ira
Mostraste
No meu sonhar
É pulsante
Fervente
Esqueço-te
Não dura
Segundo voraz
Repulsa
Renúncia
Penetra
A alma
E faz esquentar
Entranhas
Silêncio
Aconchego
O inflamado
Beijo soprado
Reflexo
Perplexo
domingo, 8 de agosto de 2010
AMARGAR
Polyana Pimenta
Afasta-se de mim
Imensidão
Desvia-te de uma vez
Do meu viver
Liberta-me, enfim
Do teu resplandecer
Deixa-me o afago
Da solidão
Desencontram-se
Os fiéis desta balança
Espalha-se ao vento
A dor e o fel
Sufoca-me, então
O exalar das horas
Paraliza-me novamente
O pulsar, o silêncio...
Mingue, ó Lua
Escondam-se Estrelas
Achegue-se lentamente
Escuridão
É este o teu poço
Lugar cativo
Coração reprimido
Repleto de desgosto.
Natal, 08/08/2010.
sexta-feira, 2 de julho de 2010
SOFIA
Sonhando
Pela primeira vez te vi
Sonhando
Teu doce nome
Pronunciei
Foi em sonho
Que te conheci
E daquela Noite
Suas feições
Gravei
És suave
Serena
Sorriso
Plano de Deus
No nosso viver
Vidas Passadas
Não sei dizer
Mas promessa
E profecia
É você
Filha amada
Olhar tão claro
Beijos estalados
Cachinhos dourados
Abraço apertado
Ainda na barriga
Seu irmão
A ti cantava
Alecrim dourado
E você se animava
Hoje somos quatro
Um só coração
A pulsar e a amar
A todos
Que amigos são
Sofia
Você é um encanto
No seu aniversário
Muitas bençãos
Pra você eu sonho
Que Jesus
Te proteja sempre
E o amor seja abundante
Que amigos lhe sejam leais
E a felicidade gigante.
Te amo.
Natal, 01 de Julho de 2010.
02 anos de minha Sofia.
Polyana Pimenta.
Pela primeira vez te vi
Sonhando
Teu doce nome
Pronunciei
Foi em sonho
Que te conheci
E daquela Noite
Suas feições
Gravei
És suave
Serena
Sorriso
Plano de Deus
No nosso viver
Vidas Passadas
Não sei dizer
Mas promessa
E profecia
É você
Filha amada
Olhar tão claro
Beijos estalados
Cachinhos dourados
Abraço apertado
Ainda na barriga
Seu irmão
A ti cantava
Alecrim dourado
E você se animava
Hoje somos quatro
Um só coração
A pulsar e a amar
A todos
Que amigos são
Sofia
Você é um encanto
No seu aniversário
Muitas bençãos
Pra você eu sonho
Que Jesus
Te proteja sempre
E o amor seja abundante
Que amigos lhe sejam leais
E a felicidade gigante.
Te amo.
Natal, 01 de Julho de 2010.
02 anos de minha Sofia.
Polyana Pimenta.
sábado, 12 de junho de 2010
Saudades
Polyana Pimenta
Não posso viver longe do mar...
Falta-me o cheiro de algas
Emaranhadas nas rochas
O sol soberano a reinar
Areia fofinha a roçar nos meus pés.
A água salgada a me abraçar
O ar suave a me preencher
Peixinhos a brilhar no fundo
Ondas a se agitar ao vento
Não, não posso longe viver...
Faz parte da minha pessoa
Olhar o azul infindo
às vezes verde e até escuro
Parar para o mundo passar
Encontrar e depois perder...
Crianças correm sorrindo
Uma senhora contempla
Um menino
Que pega conchas
Ao entardecer.
E do alto está o morro
Famoso e careca
Pleno em seu trono
Natal e seu encanto
Eu e você...
Natal, 12 de Junho de 2010.
segunda-feira, 24 de maio de 2010
RENASCER
Polyana Pimenta
Despeço-me
Num vão sorriso
Próprio de quem
Não se permite
Entristecer
Desfaço-me
Como consequência
De vislumbrar
Um raio de sol
No entardecer
Reviro-me
Sem muita resistência
Perfumes antigos
Dor e saudade
Esquecer
Desmancho-me
Numa alquimia perfeita
Metal dourado vira
Pedra fosca
Sem explicar pra quê
Parto-me
Como que em migalhas
Diluídas em uma bebida
Amarga e volátil
Que não se precisa beber
Dispo-me
Mais uma vez
De uma inspiração
Abandono o sonho
Sem mais sofrer
Derramo-me
No rio da vida
Rápido, sem prumo
Margem retraída
Leito a correr
Encontro-me
Ninho, aconchego
Reconstruída
Mulher e ponto
Certa para viver
Desmancho-me
Numa alquimia perfeita
Metal dourado vira
Pedra fosca
Sem explicar pra quê
Parto-me
Como que em migalhas
Diluídas em uma bebida
Amarga e volátil
Que não se precisa beber
Dispo-me
Mais uma vez
De uma inspiração
Abandono o sonho
Sem mais sofrer
Derramo-me
No rio da vida
Rápido, sem prumo
Margem retraída
Leito a correr
Encontro-me
Ninho, aconchego
Reconstruída
Mulher e ponto
Certa para viver
Natal, 24 de Maio de 2010.
terça-feira, 27 de abril de 2010
Clarice Lispector
Posto agora uma poesia de Clarice Lispector que de tão espontânea parece falar de um coração de Polyana (rs).
RIFA-SE UM CORAÇÃO (QUASE NOVO)
Clarice Lispector
Rifa-se um coração quase novo.
Um coração idealista.
Um coração como poucos.
Um coração à moda antiga.
Um coração moleque que insiste em pregar peças no seu usuário.
Rifa-se um coração que na realidade
está um pouco usado, meio calejado, muito machucado
e que teima em alimentar sonhos, e cultivar ilusões.
Um pouco inconseqüente
que nunca desiste de acreditar nas pessoas.
Um leviano e precipitado,
coração que acha que Tim Maia estava certo
quando escreveu... "não quero dinheiro,
eu quero amor sincero, é isso que eu espero...".
Um idealista...
Um verdadeiro sonhador...
Rifa-se um coração que nunca aprende.
Que não endurece,
e mantém sempre viva a esperança de ser feliz,
sendo simples e natural.
Um coração insensato que comanda o racional
sendo louco o suficiente para se apaixonar.
Um furioso suicida que vive procurando relações
e emoções verdadeiras.
Rifa-se um coração que insiste
em cometer sempre os mesmos erros.
Esse coração que erra, briga, se expõe.
Perde o juízo por completo em nome de causas e paixões.
Sai do sério e, às vezes revê suas posições
arrependido de palavras e gestos.
Este coração tantas vezes incompreendido.
Tantas vezes provocado. Tantas vezes impulsivo.
Rifa-se este desequilibrado emocional que,
abre sorrisos tão largos que quase dá pra engolir as orelhas,
mas que também arranca lágrimas e faz murchar o rosto.
Um coração para ser alugado,
ou mesmo utilizado por quem gosta de emoções fortes.
Um órgão abestado
indicado apenas para quem quer viver intensamente e,
contra indicado para os que apenas pretendem passar pela vida
matando o tempo, defendendo-se das emoções.
Rifa-se um coração tão inocente
que se mostra sem armaduras e deixa louco o seu usuário.
Um coração que quando parar de bater
ouvirá o seu usuário dizer para São Pedro na hora da prestação de contas:
" O Senhor poder conferir", eu fiz tudo certo,
só errei quando coloquei sentimento.
Só fiz bobagens e me dei mal
quando ouvi este louco coração de criança
que insiste em não endurecer e, se recusa a envelhecer".
Rifa-se um coração, ou mesmo troca-se por outro
que tenha um pouco mais de juízo.
Um órgão mais fiel ao seu usuário.
Um amigo do peito que não maltrate tanto o ser que o abriga.
Um coração que não seja tão inconseqüente.
Rifa-se um coração cego, surdo e mudo,
mas que incomoda um bocado.
Um verdadeiro caçador de aventuras que,
ainda não foi adotado, provavelmente,
por se recusar a cultivar ares selvagens ou racionais,
por não querer perder o estilo.
Oferece-se um coração vadio, sem raça, sem pedigree.
Um simples coração humano.
Um impulsivo membro de comportamento até meio ultrapassado.
Um modelo cheio de defeitos que,
mesmo estando fora do mercado,
faz questão de não se modernizar, mas vez por outra,
constrange o corpo que o domina.
Um velho coração que convence seu usuário
a publicar seus segredos e, a ter a petulância
de se aventurar como poeta.
RIFA-SE UM CORAÇÃO (QUASE NOVO)
Clarice Lispector
Rifa-se um coração quase novo.
Um coração idealista.
Um coração como poucos.
Um coração à moda antiga.
Um coração moleque que insiste em pregar peças no seu usuário.
Rifa-se um coração que na realidade
está um pouco usado, meio calejado, muito machucado
e que teima em alimentar sonhos, e cultivar ilusões.
Um pouco inconseqüente
que nunca desiste de acreditar nas pessoas.
Um leviano e precipitado,
coração que acha que Tim Maia estava certo
quando escreveu... "não quero dinheiro,
eu quero amor sincero, é isso que eu espero...".
Um idealista...
Um verdadeiro sonhador...
Rifa-se um coração que nunca aprende.
Que não endurece,
e mantém sempre viva a esperança de ser feliz,
sendo simples e natural.
Um coração insensato que comanda o racional
sendo louco o suficiente para se apaixonar.
Um furioso suicida que vive procurando relações
e emoções verdadeiras.
Rifa-se um coração que insiste
em cometer sempre os mesmos erros.
Esse coração que erra, briga, se expõe.
Perde o juízo por completo em nome de causas e paixões.
Sai do sério e, às vezes revê suas posições
arrependido de palavras e gestos.
Este coração tantas vezes incompreendido.
Tantas vezes provocado. Tantas vezes impulsivo.
Rifa-se este desequilibrado emocional que,
abre sorrisos tão largos que quase dá pra engolir as orelhas,
mas que também arranca lágrimas e faz murchar o rosto.
Um coração para ser alugado,
ou mesmo utilizado por quem gosta de emoções fortes.
Um órgão abestado
indicado apenas para quem quer viver intensamente e,
contra indicado para os que apenas pretendem passar pela vida
matando o tempo, defendendo-se das emoções.
Rifa-se um coração tão inocente
que se mostra sem armaduras e deixa louco o seu usuário.
Um coração que quando parar de bater
ouvirá o seu usuário dizer para São Pedro na hora da prestação de contas:
" O Senhor poder conferir", eu fiz tudo certo,
só errei quando coloquei sentimento.
Só fiz bobagens e me dei mal
quando ouvi este louco coração de criança
que insiste em não endurecer e, se recusa a envelhecer".
Rifa-se um coração, ou mesmo troca-se por outro
que tenha um pouco mais de juízo.
Um órgão mais fiel ao seu usuário.
Um amigo do peito que não maltrate tanto o ser que o abriga.
Um coração que não seja tão inconseqüente.
Rifa-se um coração cego, surdo e mudo,
mas que incomoda um bocado.
Um verdadeiro caçador de aventuras que,
ainda não foi adotado, provavelmente,
por se recusar a cultivar ares selvagens ou racionais,
por não querer perder o estilo.
Oferece-se um coração vadio, sem raça, sem pedigree.
Um simples coração humano.
Um impulsivo membro de comportamento até meio ultrapassado.
Um modelo cheio de defeitos que,
mesmo estando fora do mercado,
faz questão de não se modernizar, mas vez por outra,
constrange o corpo que o domina.
Um velho coração que convence seu usuário
a publicar seus segredos e, a ter a petulância
de se aventurar como poeta.
quarta-feira, 31 de março de 2010
Então, a lua
Polyana Pimenta
Hoje a lua veio
De longe
Enorme e
Instigante
Com o brilho dos olhos
De quem ama
A brisa que me envolvia
Encheu-me de encanto
Céu escuro
Lua prateada
Segue-se o pranto
Mas lá está a lua
Formosa a questionar
Por que choras amiga
Se o melhor que fazes
É cantar
Nesse instante
Tenta-se refazer
Uma canção perdida
Solitude repartida
Arrepios ao anoitecer
Olhos fechados
O perfume presente
Gosto, textura
Sentido
Está tudo na mente
Lua, majestosa lua
Só tu a revelar
Que a grandeza
Traz a inspiração certa
Para a alma encharcar.
Natal, 31 de Março de 2010.
segunda-feira, 25 de janeiro de 2010
BRILHA MAIS UMA VEZ
Polyana Pimenta
Falta uma flor no meu cantar
Ruas escuras adentro sem perceberO anoitecer tomou conta
Do meu caminhar
Ando ao relento
Em busca de um sonho
De um perfume ao vento
De um trovejar
Nasce de novo
Sol encantado
Brilha mais uma vez
No meu viver
Encontra seu pouso
Pássaro sem ninho
Fria alvorada
Inverno sem você
Deita em meu colo
Coração ferido
Vem em meus braços
Se balançar
Balanço da vida
Abraço sorrindo
Me faz mais uma vez
No meu cant0 sonhar.
Natal, 25 de Janeiro de 2010.
REVELAR
Polyana Pimenta
Desbravar
Uma mata fechada
Índia guerreira
Xamã
Feiticeira
Nela
Perigos e encantos
Alegrias
Desafios
Recantos
Coração gélido
Leveza
Firmeza
Represa
Estrada
Seguir
Correr
Arfar
Caçar
Entardecer
Cabelos longos
Soltos
Despido
Olhar profundo
Arisco
A covardia
Não conhece
E se lança
Ao encontro
Do que se tece
Uma vez
O passado
Longe, turvo
Parte em retirada
Ao obscuro
Força
Caminhar
Inspiração
Sonhos
Acordar
Estrela
sua guia
O chão para tocar
A lua
única companhia
Destino
Incerto
Sorriso
Repleto
Momento de Paz.
Natal, 24 de Janeiro de 2010.
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