Polyana Pimenta
Despeço-me
Num vão sorriso
Próprio de quem
Não se permite
Entristecer
Desfaço-me
Como consequência
De vislumbrar
Um raio de sol
No entardecer
Reviro-me
Sem muita resistência
Perfumes antigos
Dor e saudade
Esquecer
Desmancho-me
Numa alquimia perfeita
Metal dourado vira
Pedra fosca
Sem explicar pra quê
Parto-me
Como que em migalhas
Diluídas em uma bebida
Amarga e volátil
Que não se precisa beber
Dispo-me
Mais uma vez
De uma inspiração
Abandono o sonho
Sem mais sofrer
Derramo-me
No rio da vida
Rápido, sem prumo
Margem retraída
Leito a correr
Encontro-me
Ninho, aconchego
Reconstruída
Mulher e ponto
Certa para viver
Desmancho-me
Numa alquimia perfeita
Metal dourado vira
Pedra fosca
Sem explicar pra quê
Parto-me
Como que em migalhas
Diluídas em uma bebida
Amarga e volátil
Que não se precisa beber
Dispo-me
Mais uma vez
De uma inspiração
Abandono o sonho
Sem mais sofrer
Derramo-me
No rio da vida
Rápido, sem prumo
Margem retraída
Leito a correr
Encontro-me
Ninho, aconchego
Reconstruída
Mulher e ponto
Certa para viver
Natal, 24 de Maio de 2010.
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