domingo, 8 de agosto de 2010

AMARGAR

Polyana Pimenta

Afasta-se de mim
Imensidão
Desvia-te de uma vez
Do meu viver

Liberta-me, enfim
Do teu resplandecer
Deixa-me o afago
Da solidão

Desencontram-se
Os fiéis desta balança
Espalha-se ao vento
A dor e o fel

Sufoca-me, então
O exalar das horas
Paraliza-me novamente
O pulsar, o silêncio...

Mingue, ó Lua
Escondam-se Estrelas
Achegue-se lentamente
Escuridão

É este o teu poço
Lugar cativo
Coração reprimido
Repleto de desgosto.

Natal, 08/08/2010.

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