terça-feira, 15 de setembro de 2020

Uma Orquídea

 

    Em meados de setembro

    Com perfumes e cores

    Na explosão da primavera

    Nascem lindas as flores

     

    Única em sua presença

    Vive em quase qualquer lugar

    Mas o gelo e a frieza

    Não consegue habitar

 

    De uma ternura resplandescente

    Os galhos e troncos envolve

    Se enche de vigor e cores

    E as rosas devolve

 

    É essa uma orquídea 

    Sensível, exuberante e rara

    Transforma a aridez onde vive

    Numa floresta encantada.

 

    Natal, 10 de Setembro de 2020.

 

    Poema escrito para presentear a amiga Ieda, a qual faz aniversário na chegada da primavera.


quarta-feira, 2 de setembro de 2020

Ruínas

 Construo um coração novo

 Sobre as ruínas de um amor antigo

 E esse amor bem escondido

 Vai continuar em meu coração


 Saí na chuva

 Entreguei-me ao vento

 Mas só silêncio 

 Pude encontrar


 Abafei o sentimento

 Busquei um novo aconchego

 Mas o sossego 

 Não pude achar


Quanto mais me negava

Mais a paixão ardia

Sem querer eu cedia

E voltava a te lembrar


 Encontrei a solidão

 Chorei por não me livrar dela

 Foi então que cheguei-me à janela

 E pude observar


 As pessoas são tão paranoicas

 Não cabe a elas julgar

 Se tudo o que queremos é amar

 E encontrar felicidade


 E que embora não admitam

 Que eu ainda consiga te amar assim

 Sei que isso só diz respeito a mim

 E a mais ninguém


 Além do mais

 Melhor do que lutar contra mim mesma

 É ter a certeza

 Que embora te amando


 Posso amar mais alguém

 Pois já não mais me perturba

 A sua ausência escura

 Pois você brilha em meu coração


Natal 05-94

Polyana Pimenta